Matemática
Equações Diferencias
Professor de Matemática e Biologia Antônio Carlos Carneiro Barroso
Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Equações Diferenciais
Se
y é uma função de
x, e
n é um inteiro positivo, então uma relação de igualdade (que não se reduz a uma identidade) que envolva x, y, y', y'', ...,y
(n) é chamada uma
equação diferencial de ordem n.
DEFINIÇÃO: Equação diferencial é uma equação que apresenta derivadas ou diferenciais de uma função desconhecida (a incógnita da equação). |
CLASSIFICAÇÃO
- EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO): Envolve derivadas de uma função de uma só variável independente.
- EQUAÇÃO DIFERENCIAL PARCIAL (EDP): Envolve derivadas parciais de uma função de mais de uma variável independente.
ORDEM: é a ordem da derivada de mais alta ordem da função incógnita que figura na equação.
Exemplos: y' = 2x | tem ordem 1 e grau 1 |
y"+x2(y')3 - 40y = 0 | tem ordem 2 e grau 3 |
y"'+x2y3 = x.tanx | tem ordem 3 e grau 3 |
RESOLUÇÃO
A solução de uma equação diferencial é uma função que não contém derivadas nem diferenciais e que satisfaz a equação dada (ou seja, a função que, substituída na equação dada, a transforma em uma identidade).
Ex: Equação diferencial ordinária:
= 3x
2 - 4x + 1
dy = (3x2 - 4x + 1) dx
dy = 3
x
2dx - 4
xdx +
dx + C
y = x3 - 2x2 + x + C (solução geral)
Uma solução particular pode ser obtida da geral através, por exemplo, da condição y(-1) = 3
(condição inicial)
3 = -1 - 2 - 1 + C
C = 7
y = x
3 - 2x
2 + x + 7 (solução particular)
Observação: Em qualquer dos dois casos, a prova pode ser feita derivando a solução e, com isso, voltando à equação dada.
As soluções se classificam em:
Solução geral - apresenta n constantes independentes entre si (n = ordem da EDO). Essas constantes, de acordo com a conveniência, podem ser escritas C, 2C, C2, lnC,
Solução Particular - Obtida da geral, mediante condições dadas (chamadas condições iniciais ou condições de contorno).
EQUAÇÕES LINEARES HOMOGÊNEAS, 2ª ORDEM
FORMA : y'' + a1 y' + a0 y = 0 (a0, a1 constantes)
Ex: y =
Então y' =
e y'' =
Substituindo na equação dada: ou
(
) = 0
0 para todo x, logo devemos ter
= 0, que é uma equação do segundo grau na variável
, chamada
EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA. A solução da equação diferencial linear irá depender da raízes 1 e
2.
- 1, 2 números reais e distintos C1 e C2 são soluções particulares da EDO e a solução geral é y = C1 + C2
- 1 = 2 = (números reais e iguais) a solução geral da EDO é y = C1 + C2x
- 1 = a + bi, 2 = a - bi (complexos conjugados: a, b reais) a solução geral é y = C1 + C2
Ex: y'' - 2y' - 15y = 0
Equação característica:
- 2
- 15 = 0 cujas raízes são:
1 = 5,
2= -3
Solução geral: y =
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE ORDEM N
Uma equação diferencial linear de ordem
n é da forma:
fn(x)y(n) + fn-1(x) y(n-1) +...+ f2(x) y'' + f1(x)y' + f0(x)y = k(x)
onde k(x) e os coeficientes f
i (x)
são funções de x.
CLASSIFICAÇÕES:
Equação linear
homogênea (k(x) = 0), ou equação linear
não-homogênea (k(x) 0).Equação linear: de coeficientes constantes ( f
0, f
1, f
2, ..., f
n constantes)
de coeficientes variáveis (pelo menos um f
i variável)
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EXATAS
Se P e Q têm derivadas parciais contínuas, então:
P(x,y)dx + Q(x,y)dy = 0é uma
equação diferencial exata se e somente se
Ex: (3x² - 2y³ + 3)dx + (x³ - 6xy² + 2y)dy = 0
P(x,y) = 3x²y - 2y³ + 3 e Q(x,y) = x³ - 6xy² + 2y
e
logo Px = Qx e a equação diferencial é exata.
TEOREMA: A equação diferencial linear de primeira ordem
y' + P(x)y = Q(x) pode ser transformada em uma equação diferencial de variáveis separáveis multiplicando-se ambos os membros pelo fator integrante
.
Ex:
Solução: A equação tem a forma do teorema onde, P(x) = -3x² e Q(x) = x²
Pelo teorema:
Multiplicando todos os termos pelo fator integrante:
- 3x²
y = x²
ou
=
x²
dx =
+ C
A multiplicação por
dá a solução:
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