Gripe aviária O risco de uma epidemia de gripe aviária
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Gripe aviária O risco de uma epidemia de gripe aviária



Atualmente, o inimigo número um da saúde pública é o vírus da gripe aviária, que os cientistas identificam como H5N1.

Presente entre aves silvestres ninguém sabe desde quando, esse vírus convivia com elas sem provocar grandes surtos da doença. Porém, em 1997, surgiu uma cepa ou geração mais agressiva que causou uma epidemia nas granjas de Hong Kong.

O que favoreceu a mutação do vírus, tornando-o mais perigoso, pode ter sido a forma de criação de aves na metrópole chinesa, em um esquema de alta rotatividade e sem higiene adequada durante o abate.

Mutação e pandemia
Nos países onde ocorreram - ou estão ocorrendo - epidemias de gripe aviária, a população tem contato direto com as aves, além de consumi-las em pratos preparados com sua carne quase crua. Assim, o H5N1 contaminou os primeiros seres humanos em 2003.

O grande temor que ele despertou a partir daí decorre da possibilidade de o vírus passar por uma nova mutação e começar a se transmitir de pessoa para pessoa, gerando uma pandemia - uma epidemia de proporções mudial.

O H5N1 tem semelhança com o vírus da gripe espanhola que, entre 1918 e 1919, atingiu 50% da população mundial e matou mais de 20 milhões de pessoas. Ou seja, ao contrário das pandemias de gripe que ocorrem praticamente a todo ano (com cepas de vírus menos agressivas), uma pandemia da gripe aviária poderia ter conseqüências desastrosas.

Boas e más notícias sobre a gripe aviária
Se há motivos de preocupação, não é o caso de se ficar apavorado. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), caso o H5N1 passe a ser transmitido entre seres humanos ele não manterá a taxa de mortalidade de 50% apresentada até agora.

A OMS trabalha com a hipótese de que somente 25% das pessoas contaminadas teriam complicações maiores decorrentes da gripe aviária e apenas cerca de 8% precisariam ser hospitalizadas. Na verdade, não há vírus que mate metade de suas vítimas e consiga gerar uma epidemia: para se desenvolver, ele precisa de hospedeiros e se vier a matá-los numa velocidade dessas, o próprio vírus se contém.

Ainda assim, é bom lembrar que, no caso de uma pandemia, o número de mortes não seria pequeno: um estudo encomendado pelo Banco Mundial sugere que poderiam ocorrer de 100 mil a 200 mil mortes, só nos Estados Unidos.

Além disso, para a prevenção e o controle da gripe a melhor forma continua sendo a vacinação em massa. Se o H5N1 passar pela mutação para se transmitir entre humanos, os laboratórios levariam cerca de seis meses para produzir e testar uma vacina. Enquanto isso, a pandemia impera.

Seleção natural e meio ambiente
A gripe aviária é um alerta para questões fundamentais da biologia e da ecologia. Em termos biológicos, essa doença nos lembra que os mecanismos de seleção natural atuam também em escala microscópica.

Vírus e bactérias também passam pelo processo de adaptação ao seu meio ambiente. É por isso que já surgiram diversos tipos de microrganismos que não são eliminados pelos antibióticos convencionais.

Em termos ecológicos, a história comprova que os grandes surtos de moléstias infecciosas surgem sempre num panorama de desequilíbrio ambiental, provocado pelo homem, o que pode incluir desmatamento, poluição e condições de vida inadequadas.

Supertuberculose
Um exemplo que revela como esses dois aspectos são fundamentais é o do bacilo da supertuberculose, criado por engano num laboratório da Universidade de Berkeley (Califórnia, EUA) em 2003.

Ao tentar manipular geneticamente o bacilo responsável pela tuberculose, para torná-lo menos letal, os pesquisadores conseguiram exatamente o contrário: o bacilo - um tipo de bactéria em forma de bastonete - começou a se multiplicar muito mais rapidamente e de forma mais letal.

Evidentemente, como isso sucedeu em um laboratório, não se desencadeou uma epidemia de supertuberculose. Porém, é perturbador saber que a pesquisa era desenvolvida por um motivo: o bacilo da tuberculose já conhecido tem se revelado cada vez mais resistente ao tratamento convencional.
*Antonio Carlos Olivieri




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