Mais rápido que uma calculadora, o instrumento japonês que resolve cálculos matemáticos nasceu há mais de 2.500 anos. Ainda hoje, o soroban ajuda a melhorar a concentração e faz sucesso no arquipélago e entre os brasileiros de todas as idades.
À primeira vista, o objeto retangular, cheio de contas coloridas que correm nas hastes, mais parece um brinquedo. Na verdade, trata-se do soroban, um tradicional instrumento de cálculos matemáticos desenvolvido no Japão, mas que conquistou adeptos no mundo todo, incluindo o Brasil.
A história da utilização de instrumentos para calcular (chamados ábacos) começou há mais de 2.500 anos. Os primeiros ábacos eram constituídos de fios paralelos e contas deslizantes. De acordo com sua posição, representavam a quantidade a ser trabalhada. Entre os diversos tipos de ábaco existentes, está o soroban (o ábaco japonês), originário do chinês suan-pan, mas que chegou ao Japão através do livro Embrião do Soroban do professor Kambei Moori em 1662.
Capaz de efetuar operações matemáticas com números negativos, decimais, raiz quadrada e cúbica, o soroban ainda é muito utilizado. Existem campeonatos mundiais no Japão e torneios nacionais em diversos países, inclusive no Brasil.
Ainda que muito eficiente, rápido e prático, estudar o soroban não é fácil. A graduação do soroban começa no 15º grau e vai diminuindo até que o praticante alcance o dan. A partir daí, o grau passa a ser contado como 1º dan, 2º dan e assim sucessivamente. É possível continuar aumentando o número do dan infinitamente.
Apesar de parecer estressante, o soroban é utilizado para relaxamento. Além disso, desenvolve o cálculo mental. Nele, os sorobanistas devem imaginar o soroban e seus movimentos de modo a solucionar os exercícios. Com o desenvolvimento do cálculo mental, contas envolvendo mais de seis dígitos podem ser feitas sem o auxílio de qualquer aparelho de calcular.
Fonte: http://madeinjapan.uol.com.br/
A construção do conceito de número e o pré-soroban, MEC, 2006