Matemática
Função
Professor de Matemática e Biologia Antônio Carlos Carneiro Barroso
Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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1 - Definição Dados dois conjuntos A e B não vazios , chama-se função (ou aplicação) de A em B, representada por
f : A ® B ; y = f(x) , a qualquer
relação binária que associa
a cada elemento de A ,
um único elemento de B .
Veja o capítulo Relações Binárias nesta página clicando
AQUI. Portanto, para que uma
relação de A em B seja uma função , exige-se que a cada
x Î A esteja associado um único
y Î B , podendo entretanto existir
y Î B que não esteja associado a nenhum elemento pertencente ao conjunto A.
Obs : na notação
y = f(x) , entendemos que y é imagem de x pela função f, ou seja:
y está associado a x através da função f.
Exemplos:f(x) = 4x+3 ; então f(2) = 4.2 + 3 = 11 e portanto , 11 é imagem de 2 pela função f ;
f(5) = 4.5 + 3 = 23 , portanto 23 é imagem de 5 pela função f , f(0) = 4.0 + 3 = 3, etc.
Para definir uma
função , necessitamos de dois conjuntos (Domínio e Contradomínio ) e de
uma fórmula ou uma lei que relacione cada elemento do domínio a um e somente um elemento do contradomínio .
Quando
D(f) (domínio) Ì R e
CD(f)(contradomínio) Ì R , sendo
R o conjunto dos números reais , dizemos que a função f é uma
função real de variável real . Na prática , costumamos considerar uma função real de variável real como sendo apenas a lei y = f(x) que a define , sendo o conjunto dos valores possíveis para x , chamado de
domínio e o conjunto dos valores possíveis para y , chamado de
conjunto imagem da função . Assim, por exemplo, para a função definida por y = 1/x , temos que o seu domínio é D(f) = R
* , ou seja o conjunto dos reais diferentes de zero (lembre-se que não existe divisão por zero) , e o seu conjunto imagem é também R
* , já que se y = 1/x , então x = 1/y e portanto y também não pode ser zero.
Nota: o símbolo
Ì significa “contido em”.
Dada uma função
f : A ® B definida por y = f(x),
podemos representar os pares ordenados (x,y)
Î f onde x
Î A e y
Î B ,num sistema de coordenadas cartesianas .
O gráfico obtido será o gráfico da função f .
Assim , por exemplo , sendo dado o gráfico cartesiano de uma função f , podemos dizer que:
a ) a projeção da curva sobre o eixo dos x , nos dá o domínio da função .
b ) a projeção da curva sobre o eixo dos y , nos dá o conjunto imagem da função .
c ) toda reta vertical que passa por um ponto do domínio da função , intercepta o gráfico da função em no máximo um ponto . Veja a figura abaixo, relativa aos ítens 1, 2 e 3 acima:
2 -Tipos de funções 2.1 - Função sobrejetora É aquela cujo conjunto imagem é igual ao contradomínio .
Exemplo:
2.2 - Função injetora Uma função y = f(x) é injetora quando elementos distintos do seu domínio , possuem imagens distintas,
isto é:
x1 ¹ x2 Þ f(x1) ¹ f(x2) .
Exemplo:
2.3 - Função bijetora Uma função é dita bijetora , quando é ao mesmo tempo , injetora e sobrejetora .
Exemplo: Exercícios resolvidos: 1 - Considere três funções f, g e h, tais que:
A função f atribui a cada pessoa do mundo, a sua idade.
A função g atribui a cada país, a sua capital
A função h atribui a cada número natural, o seu dobro.
Podemos afirmar que, das funções dadas, são injetoras:
a) f, g e h
b) f e h
c) g e h
d) apenas h
e) nenhuma delas
Solução:Sabemos que numa função injetora, elementos distintos do domínio, possuem imagens distintas, ou seja:
x
1 ¹ x
2 Þ f(x
1)
¹ f(x
2) .
Logo, podemos concluir que:
f não é injetora, pois duas pessoas distintas podem ter a mesma idade.
g é injetora, pois não existem dois países distintos com a mesma capital.
h é injetora, pois dois números naturais distintos, possuem os seus dobros também distintos.
Assim é que concluímos que a alternativa correta é a de letra C.
2 - Seja f uma função definida em R - conjunto dos números reais
- tal que
f(x - 5) = 4x. Nestas condições, pede-se determinar f(x + 5).
Solução:Vamos fazer uma mudança de variável em f(x - 5) = 4x, da seguinte forma:
x - 5 = u
\ x = u + 5
Substituindo agora (x - 5) pela nova variável u e x por (u + 5), vem:
f(u) = 4(u + 5) \ f(u) = 4u + 20
Ora, se f(u) = 4u + 20, teremos:
f(x + 5) = 4(x+5) + 20 \ f(x+5) = 4x + 40
3 – UEFS 2005-1 ) Sabendo-se que a função real f(x) = ax + b é tal que f(2x
2 + 1) = - 2x
2 + 2,
para todo x
Î R, pode-se afirmar que b/a é igual a
a) 2
b) 3/2
c) 1/2
d) -1/3
e) -3
Solução:
Ora, se f(
x) = a
x + b, então f(
2x2 + 1) = a(
2x2 + 1) + b
Como f(2x
2 + 1) = - 2x
2 + 2, vem, igualando:
a(2x
2 + 1) + b = - 2x
2 + 2
Efetuando o produto indicado no primeiro membro, fica:
2ax
2 +
a + b =
-2x
2 +
2Então, poderemos escrever:
2a =
-2 \ a = -2 /2 = -1
E, também,
a + b =
2 ; como a = -1, vem substituindo: (-1) + b = 2 \ b = 2 + 1 = 3
Logo, o valor procurado a/b será a/b = -1 / 3 , o que nos leva tranquilamente à alternativa D.
Agora resolva este:A função f em R é tal que f(2x) = 3x + 1. Determine 2.f(3x + 1).
Resp: 9x + 5
3 - Paridade das funções 3.1 - Função par A função
y = f(x) é par, quando
" x
Î D(f) ,
f(- x ) = f(x) , ou seja, para todo elemento do seu domínio,
f( x ) = f ( - x ). Portanto , numa função par, elementos simétricos possuem a mesma imagem. Uma conseqüência desse fato é que os gráficos cartesiano das funções pares, são curvas simétricas em relação ao eixo dos y ou eixo das ordenadas.
O símbolo
" , lê-se “qualquer que seja”.
Exemplo:y = x
4 + 1 é uma função par, pois f(x) = f(-x), para todo x.
Por exemplo, f(2) = 2
4 + 1 = 17 e f(- 2) = (-2)
4 + 1 = 17
O gráfico abaixo, é de uma função par.
4.2 - Função ímpar A função
y = f(x) é ímpar , quando
" x
Î D(f) ,
f( - x ) = - f (x) , ou seja, para todo elemento do seu domínio, f( - x) = - f( x ). Portanto, numa função ímpar, elementos simétricos possuem imagens simétricas. Uma conseqüência desse fato é que os gráficos cartesianos das funções ímpares, são curvas simétricas em relação ao ponto (0,0), origem do sistema de eixos cartesianos.
Exemplo:y = x
3 é uma função ímpar pois para todo x, teremos f(- x) = - f(x).
Por exemplo, f( - 2) = (- 2)
3 = - 8 e - f( x) = - ( 2
3 ) = - 8.
O gráfico abaixo é de uma função ímpar:
Nota: se uma função y = f(x) não é par nem ímpar, diz-se que ela não possui paridade.
Exemplo:O gráfico abaixo, representa uma função que não possui paridade, pois a curva não é simétrica em relação ao eixo dos x e, não é simétrica em relação à origem.
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